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Sites de centros de pesquisa e de universidades são a principal fonte de informação confiável para os segmentos de maior escolaridade e renda, revela levantamento do SoU_Ciência em parceria com Idea Big Data

Veja aqui matéria completa com infográficos

A TV aberta é o principal meio para obtenção de informação confiável sobre a pandemia de COVID-19. É o que mostra a pesquisa realizada pelo SoU_Ciência em todo o país. O levantamento detectou que, passado um ano e meio de pandemia, a televisão supera as redes sociais como fonte em que brasileiras e brasileiros procuram informações sobre o novo coronavírus, incluindo formas de detê-lo. É sinal de que o canal de comunicação em que as fake news mais se espalham atualmente, via redes da internet, é vista com reservas por parte do público, apesar do apelo que a tecnologia representa.

Ao mesmo tempo, de acordo com o levantamento, alguns segmentos reportaram se informar preferencialmente em sites de centros de pesquisa e universidades, enquanto igrejas e templos religiosos estão longe de ser uma referência relevante, independentemente da religião do entrevistado.

A televisão foi apontada por 44,4% como fonte para informações sobre a COVID-19. As redes sociais tiveram 38,7% das menções. Jornais e revistas foram lembrados por 35,3%. Sites de centros de pesquisa e universidades apareceram logo atrás, com 32,1% das respostas. Igrejas e templos foram citados por 5,1% -- 7,9% entre evangélicos. Cada entrevistado poderia indicar mais de uma fonte usada para se informar.

Variação entre públicos

O alcance dos sites de centros de pesquisa e universidades foi destaque entre as pessoas com curso superior. Nesse segmento, mais da metade (51,2%) dos entrevistados citaram essa forma de se informar – o maior percentual, superando jornais e revistas (48,7%) e a TV aberta (43,4%). Comportamento semelhante teve a faixa com renda mais alta, acima de cinco salários mínimos, na qual 50,2% disseram se informar em sites de instituições ligadas à ciência.

“Os resultados indicam o potencial da difusão científica para chegar a públicos mais amplos, que ainda não estão sintonizados como poderiam com a informação de primeira mão, gerada pelo próprio meio científico”, avalia Rogerio Schlegel, cientista político e pesquisador do Centro SoU_Ciência. “Por outro lado, também sugerem que o público é criterioso no consumo de informação. Muitas pessoas passam o dia nas redes sociais ou têm relação estreita com igrejas, mas na hora de se informar sobre algo que envolve a própria vida preferem meios de comunicação tradicionais.”

O SoU_Ciência apresentará mais informações sobre esta pesquisa. Aqui, a sociedade fala e nós direcionamos os estudos e as propostas para as políticas públicas.

* Levantamento realizado pelo Centro SoU_Ciência, em parceria com o Maurício Moura (George Washington University) e Instituto Idea Big Data. A pesquisa envolveu 1.248 entrevistas, entre 2 e 5 de agosto, com homens e mulheres de 16 anos ou mais, residentes em todas as regiões do Brasil. A amostragem foi feita por cotas segundo perfis da Pnad 2018 e do Censo 2010, realizada via inquérito telefônico a partir de uma central CATI e possui grau de confiança igual a 95%, com margem de erro máxima de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.