Cotas nas
Instituições
Públicas
de Educação
Superior
negra nas universidades
estaduais brasileiras
Cotas nas estaduais: um panorama das ações afirmativas e seus desafios
A importância das
universidades estaduais
Em 2022, havia 9.443.597 estudantes matriculados em
todas as Instituições de Educação Superior (IES), sendo
2.076.517 em públicas e 7.367.080 em privadas.
Nas universidades públicas estaduais eram 475.136 (30,5%) estudantes, nas federais 1.052.148 (67,5%) e nas municipais 30.554 (1,1%).
As estaduais são responsáveis por 30,5% das matrículas em universidades públicas.
As universidades estaduais têm uma enorme contribuição
na formação de profissionais e pesquisadores e na
produção científica e tecnológica do país.
Mapa das ações afirmativas nas estaduais
Cada universidade estadual tem uma
política própria de reserva de vagas
para ingresso.
O relatório disponibiliza um mapa sobre
o sistema de cotas adotado em cada
universidade estadual.
Com isso, qualquer pessoa interessada pode conhecer os diferentes sistemas de cotas.
A inconsistência dos dados
Das
39
universidades públicas
estaduais analisadas,
35
reservam vagas para
o ingresso de
estudantes negros.
Dessas, apenas
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dispõem de informações atualizadas e
consistentes que auxiliam a avaliação dessa importante política afirmativa.
Os dados das outras
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universidades apresentam lacunas, indicando
dificuldades institucionais para a coleta e/ou
informação ao Censo da Educação Superior.
A importância do Censo da Educação Superior (Censup)
É realizado todos os anos pelo MEC-Inep, coletando dados sobre os estudantes, os cursos e as Instituições brasileiras.
Oferece informações estatísticas confiáveis, que permitem conhecer e avaliar o sistema brasileiro de educação superior.
O Censup ajuda a formulação e a implementação de políticas públicas, tal como as ações afirmativas para a população negra, por isso seu preenchimento com dados exatos é tão importante.
Fortalecendo a inclusão na educação superior
As políticas de cotas nas universidades estaduais têm sido fundamentais para promover a inclusão e a diversidade na educação superior brasileira.
É necessário aprimorar a coleta de dados sobre os estudantes cotistas a fim de desenvolver estratégias para um sistema educacional mais representativo da sociedade brasileira.
“Colocar na ordem do dia a questão racial, muito antes de ser um problema, é, sem dúvida, uma solução na busca do desenvolvimento integral da sociedade brasileira, desenvolvimento que depende, acima de tudo, da intervenção do Estado na implementação de políticas públicas. É necessário que os meios acadêmicos se dêem conta de que devem produzir conhecimento capaz de enfrentar essa realidade. É necessário que a comunidade acadêmica brasileira aceite como desafio descobrir e entender os motivos pelos quais, por anos e anos, se convivem com pouquíssimos alunos negros”
Yá Mukumby
