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A circulação da variante Delta no país nos faz ficar vigilantes, mesmo com o avanço da vacinação

Infelizmente, nesses últimos três dias, verificamos o crescimento na detecção da variante Delta do vírus Sars-Cov-2. Esta é a variante indiana, que já sabemos que é mais transmissível e que pode gerar uma onda de novos casos muito maior do que a última que vimos acontecer em março e abril e da qual ainda não nos livramos. Já sabemos que a Delta está circulando e o número de casos deve ser muito maior do que o diagnosticado, pois o Brasil ainda tem baixa porcentagem de diagnóstico com sequenciamento genômico (a única forma de saber que tipo de variante está causando a doença).

Não seria muito difícil imaginar que isso ocorreria, já que desde o ano passado vemos as ondas ocorrerem em outros países antes de chegarem aqui. Mais uma vez, a ameaça de novo crescimento de casos ocorre na vigência de um número ainda insuficiente de vacinados. Por isso, não sabemos se a cobertura vacinal será suficiente para nos proteger e qual será a interação ou competição da variante Delta com a variante Gama, a que se desenvolveu no Brasil a partir de Manaus.

Só o que sabemos, e ainda devemos nos fiar a isso, é que temos que continuar com as medidas de prevenção não farmacológicas. Uso de máscaras em todos os lugares, sem aglomerações e seguindo rigorosamente o distanciamento físico, enquanto a vacinação continuar avançando. Logo saberemos mais sobre essa situação, enquanto isso, temos que zelar por nossas vidas com os mesmos cuidados.

Seria bom se todos os governantes e empresários se engajassem em campanhas de distribuição de máscaras apropriadas e sua correta utilização. Temos que diminuir a circulação do vírus e suas variantes, mais uma vez.

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[Soraya Smaili é professora da Unifesp e coordenadora do SOU_CIÊNCIA]