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Professores da EPM/Unifesp se unem em carta de repúdio contra atos negacionistas

Depois de inúmeras falácias sobre a covid-19, com supostos tratamentos, ideias mirabolantes para combater o coronavírus e utilização de informações erradas propaladas por um certo “doutor”, um grupo de professores da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp) decidiu reagir. Ocorre que o referido médico, formado pela instituição, se utiliza do nome, da qualidade e da tradição dessa Escola para credenciar suas práticas sem base científica. A reação veio em forma de uma carta de repúdio amplamente divulgada.

A carta nasceu espontaneamente, como um movimento de várias pessoas, simultaneamente. Não teve um caráter político partidário, pois reuniu diferentes matizes. Grande parte do grupo é formada por professores titulares ou livre-docentes, que se sentem profundamente atacados, pois a medicina feita por aquele senhor não guarda qualquer semelhança com os ensinamentos baseados em evidências que a instituição procura seguir.

Para além de esclarecer à sociedade que não é esta a medicina que ensinam, os professores alertam que é necessário unir esforços para combater o negacionismo e o mau uso do nome da universidade pública, que em nosso país tem prestado serviços incomensuráveis, tanto no ensino, como na pesquisa, na assistência em saúde, extensão e serviços ao bem-estar público.

Trata-se, portanto, não de um ataque pessoal ou um desabafo pontual, mas de um alerta, assim como de demonstração em defesa do patrimônio público que é a universidade e a ciência e que tem o apoio da imensa maioria da população brasileira.

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