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Incidência de novos casos na principal capital do país preocupa pesquisadores

A divulgação de duas mortes por febre amarela este ano em São Paulo preocupa a equipe do centro SoU_Ciência. No total, quatro pessoas foram infectadas.  De acordo com a Secretaria de Saúde do estado, uma das mortes ocorreu no estado, mas a vítima era residente de Minas Gerais.

São Paulo não registrava casos da doença desde 2020, quando apenas um caso foi confirmado. A vacinação contra a doença faz parte do calendário de imunização e está disponível em todos os postos de saúde. A primeira dose deve ser aplicada aos 9 meses de idade e a segunda aos 4 anos. A partir dos 5 anos, para aqueles que não estão com a vacina em dia, é recomendada apenas uma dose única.

"A febre amarela é uma das doenças para as quais nós temos uma vacina eficaz. As mudanças climáticas, invernos com temperaturas mais altas, além da facilidade de deslocamentos e da presença humana em áreas selvagens, tudo isso pode trazer antigas e novas doenças. No caso da febre amarela, a vacina existe há tempos, porém a cobertura vacinal sofre anualmente uma diminuição devido à hesitação por parte da população. É preciso fazer mais campanhas e promover mais atividades educacionais, pois essa hesitação vacinal também contribui para a volta de velhas doenças e pode trazer mortes. Não podemos cair nessa armadilha", explica Soraya Smaili, coordenadora do SoU_Ciência.

De janeiro a março de 2023, a cobertura vacinal para febre amarela em São Paulo ficou em 82%. Em 2022, esse percentual era de 64,4%. A secretaria de Saúde do estado, desde o primeiro caso, tem reforçado a vacinação, além de fazer a investigação epidemiológica e a sensibilização da rede de saúde para detectar precocemente situações suspeitas.

Sintomas

A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, de rápida evolução e elevada letalidade nas suas formas mais graves. Apresenta sintomas como febre súbita, calafrios, dor de cabeça, dor no corpo, náuseas, vômitos e fraqueza. Tem padrão sazonal, com a maior parte dos casos entre os meses de dezembro e maio. A prevenção é a vacina.

A infecção se dá por meio de mosquitos silvestres, que vivem em zona de mata e não habitam o ambiente urbano das cidades.