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Mais uma vez, pesquisadores de universidade pública protagonizam produção de imunizante

Boa notícia para a ciência, e vindo novamente de uma universidade pública. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) poderá proporcionar ao Brasil ter a sua própria vacina contra a varíola dos macacos. E isso pode acontecer já em 2023. Para se ter uma ideia da relevância dessa notícia, por enquanto, apenas uma farmacêutica oferta doses em todo o mundo.

Para isso, na última semana, a UFMG recebeu dois frascos com "sementes" do vírus Vaccínia Ankara Modificado (MVA), que pertence à família da varíola dos macacos e é capaz de produzir uma resposta imune contra a monkeypox.

A recepção da matéria-prima, que contou com o apoio do Ministério da Ciência, aconteceu por meio de contrato firmado diretamente entre o CT-Vacinas, centro de pesquisas em biotecnologia, resultado de uma importante parceria estabelecida entre a UFMG, o Instituto René Rachou da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-Minas) e o Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC), e o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos.

Com isso, a previsão é que entre dois a três meses os pesquisadores criem um modelo de produção para o imunizante, para que possa ser replicado e distribuído para os brasileiros ainda no primeiro semestre de 2023.

Agora, a equipe de pesquisadores da UFMG vai alterar geneticamente essas "sementes" e fazer com que o vírus de MVA enfraquecido se multiplique. A semelhança genética do vírus com o da varíola dos macacos permite alcançar a imunização contra a nova doença.

Novamente, a excelência dos nossos cientistas e a expertise que o país tem na produção de imunizantes fará diferença para que a varíola dos macacos não alcance números mais preocupantes. De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente o Brasil registra pouco mais de 6.200 casos.