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Novo artigo fala sobre as ações afirmativas e heteroidentificação na garantia de direitos

O Blog SoU_Ciência da Folha desta semana trata do ingresso na Universidade em vagas reservadas para pessoas pretas, pardas e indígenas. Nesse momento de início do ano letivo é comum encontrarmos no noticiário relatos sobre estes calouros.

Para entendermos melhor o que está em jogo, os pesquisadores do SoU_Ciência afirmam que é fundamental lembrarmos que até o final do século 20, somente 2% da população negra tinha acesso a esse nível de ensino. Segundo diversos autores, o acesso ao ensino superior, em especial das universidades de primeira linha (quase todas públicas) é um dos maiores marcadores de classe e raça no Brasil. Foi a partir de uma longa trajetória de lutas e reinvindicações que as ações afirmativas começaram a ser implementadas na educação superior brasileira, com cotas nas universidades estaduais do Rio de Janeiro, em 2001.

Somente em 2013 todas as instituições federais foram obrigadas a adotar a reserva de vagas, por meio da chamada “Lei de Cotas”. Essa política ainda hoje não é uma unanimidade. Muitos a questionam, alguns por desconhecerem o processo de desigualdade baseado no racismo estrutural, do qual a população negra é a principal vítima, outros por manifestarem o racismo de forma concreta, revelando incômodo por terem pessoas negras compartilhando os mesmos espaços sociais.

Para que a política alcance o seu objetivo, são necessários mecanismos de controle dos critérios referentes ao acesso das pessoas beneficiárias desse direito, assim como a avaliação dos resultados obtidos.

Veja aqui o novo artigo do Blog SoU_Ciência da Folha.

Ilustração: Babi Lopes / SoU_Ciência