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Liberação desse importante recurso de proteção foi precoce e decisão de usar ou não agora passa a ser de cada pessoa

Apesar de ser considerada uma ação precoce pela maioria dos especialistas, é cada vez maior o número de estados brasileiros que estão eliminando a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção. Nesta quinta, o governador de São Paulo, João Doria, decretou o fim da obrigatoriedade, inclusive em locais fechados, em todo o estado.

Para Soraya Smaili, professora de Farmacologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenadora do Centro SoU_Ciência, “para esses locais que estão fazendo de forma precoce essa liberação, o uso da máscara deixará de ser obrigatório, mas será um exercício de consciência de cada pessoa em busca não só de sua própria proteção, mas também da proteção coletiva”.

“Esse tipo de liberação não pode ser tomado com a velocidade que aconteceu, tendo em vista que a pandemia não acabou e, ao contrário, tem mostrado estar ativa com novas variantes na Europa e na China. Não sabemos se este cenário pode se repetir aqui no Brasil e justamente por desconhecer é que deveríamos seguir avançando na vacinação e seguir com o uso obrigatório da máscara, ainda mais em locais fechados, já que já foi liberado em locais externos e ainda não houve tempo de observar se essa flexibilização pode ter algum tipo de impacto”, alerta Soraya.

A professora da Unifesp e coordenadora do SoU_Ciência reforça que mesmo deixando de ser obrigatório, é preciso que cada cidadão e cidadã faça a sua avaliação para decidir se realmente o uso da máscara deve ou não ser ignorado. “Em qual ambiente estarei? Com quem estarei? Essas pessoas estão protegidas? São de algum grupo de risco? O local terá aglomeração? Essas são algumas perguntas a serem feitas por cada pessoa antes de determinar se de fato deve abandonar esse item que tanto nos protegeu e protege durante a pandemia”, conclui Soraya.

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