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Artigo "Crime, castigo e negócio na saúde" já está disponível no Blog da Folha de S.Paulo

No artigo da semana, o SoU_Ciência analisa o assassinato do CEO da UnitedHealthcare, maior empresa de seguro-saúde do mundo, como um símbolo das tensões geradas pelas práticas predatórias dos planos de saúde. Enquanto a saúde nos Estados Unidos é marcada pela ausência de um sistema universal e pelo endividamento em massa, o texto destaca como os planos privados, tanto nos EUA quanto no Brasil, lucram com a negação de tratamentos essenciais, utilizando ferramentas como a inteligência artificial para maximizar ganhos financeiros.

No Brasil, o cenário também é alarmante. As operadoras de planos de saúde registraram lucros recordes, somando R$ 8,7 bilhões até setembro de 2024, em meio ao aumento de reclamações e ações judiciais. Entre janeiro e outubro, foram protocolados mais de 36 mil processos contra planos, evidenciando práticas como o cancelamento de contratos de idosos e a recusa de terapias essenciais. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), por sua vez, enfrenta acusações de omissão e de favorecer os interesses das empresas, em detrimento dos consumidores.

Os autores concluem defendendo a necessidade de mobilização social para fortalecer o SUS, garantir transparência e exigir que a ANS cumpra seu papel regulador. "Mais do que apontar falhas, é preciso reafirmar a saúde como um direito constitucional de todos", ressalta o SoU_Ciência, propondo que o Brasil priorize a proteção dos mais vulneráveis e o equilíbrio entre os sistemas público e privado. 

O artigo completo, de autoria dos coordenadores do Centro em parceria com a jornalista científica Anna Miranda, pode ser lido no site da Folha de S.Paulo.