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Levantamento do SoU_Ciência em parceria com Idea Big Data aponta que a parcela da população que dá importância ao SUS cresceu 53,1% com a pandemia

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O Brasil foi um dos países que, nas lutas pela democracia, incluiu a democratização da saúde na agenda política por meio do movimento da Reforma Sanitária Brasileira (RSB) e da construção do Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecido pela Constituição de 1988. Reconhecido como um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo, o SUS completou 30 anos em meio a uma crise: a Emenda Constitucional 95, de 2016, estabeleceu um teto de gastos para as despesas primárias do governo por 20 anos, gerando impactos ao diminuir consideravelmente o investimento em saúde por habitante.

Ainda assim, a pandemia, entre tantas outras consequências, também fez crescer a importância que a sociedade dá ao sistema público de saúde, às universidades públicas e seus hospitais. O reconhecimento da relevância do SUS cresceu 53,1% com a pandemia, e com 78% dos entrevistados tendo atribuído importância alta e altíssima a ele.

Mais ricos no Brasil (pessoas com renda superior a cinco salários mínimos) "descobriram o SUS" e passaram a valorizá-lo: índice de apoio cresceu quase 100%

“A maior aprovação ao SUS está entre os que desaprovam o governo atual, mas o que nós destacamos é que os mais ricos descobriram a importância do SUS na pandemia; o apoio da faixa de maior renda cresceu 98,4%”, aponta Pedro Fiori Arantes, um dos coordenadores do centro SoU_Ciência.

Além das pessoas que desaprovam o governo declararem ter passado a dar muita importância ao SUS (65,3%), cabe destacar o crescimento deste reconhecimento em outros segmentos da sociedade, como aqueles que moram na região Sudeste (61,1%), que possuem escolaridade superior (60,6%), pessoas orientais (91,2%) e indígenas (81%), além de evangélicos/as (60,7%).

O SoU_Ciência apresentará mais informações sobre esta pesquisa. Aqui, a sociedade fala e nós direcionamos os estudos e as propostas para as políticas públicas.

* Levantamento realizado pelo Centro SoU_Ciência, em parceria com o Maurício Moura (George Washington University) e Instituto Idea Big Data. A pesquisa envolveu 1.248 entrevistas, entre 2 e 5 de agosto, com homens e mulheres de 16 anos ou mais, residentes em todas as regiões do Brasil. A amostragem foi feita por cotas segundo perfis da Pnad 2018 e do Censo 2010, realizada via inquérito telefônico a partir de uma central CATI e possui grau de confiança igual a 95%, com margem de erro máxima de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Crédito da foto: Eliseu Geisler