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Diversos rankings internacionais dão destaque às universidades públicas brasileiras

Uma notícia da Folha de São Paulo deste domingo (25/07) comenta as sete universidades brasileiras que consistentemente aparecem nos rankings internacionais mais prestigiosos. São eles o THE (Times Higher Education), o QS World University Ranking, Center for World University Rankings, Academic Ranking of World Universities e o SCImago Institutions Ranking.

A lista das 7 brasileiras é composta por USP (Universidade de São Paulo) Unicamp (Universidade Estadual de Campinas); Unesp (Universidade Estadual de São Paulo); UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro); UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais); UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Em geral tendo USP e Unicamp entre as primeiras, as demais se alternam ou empatam em muitas análises, já que os rankings têm alguns critérios diferentes de utilização e pontuação. Apesar de valorizarem aspectos diversos, todos valorizam muito a pesquisa, além da formação de qualidade.

Dados semelhantes podem ser verificados pelos sistemas oficiais de avaliação, onde as públicas aparecem entre as melhores universidades. Dentre as universidades particulares, verificamos aquelas que são comunitárias, como as PUCs, também de excelente qualidade. Contudo, entre as menos qualificadas estão mais de duas centenas de universidades privadas.

E por qual motivo sete Instituições Públicas de Ensino Superior aparecem repetidamente entre as melhores universidades em todos os rankings? A resposta é simples. A universidade pública tem como premissa a formação de qualidade, sem foco no lucro. Também prioriza o ensino de pós-graduação e a extensão, elementos fundamentais da sua estrutura.

Vale destacar: as universidades públicas no Brasil se destacam pela realização de 80% da pesquisa feita em nosso país, sem deixar de citar o desenvolvimento de projetos sociais de grande extensão, além dos programas de assistência pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em seus Hospitais Universitários. Durante a pandemia do coronavírus, as universidades tiveram desempenho estratégico para o Estado brasileiro e para a soberania nacional, e continuam tendo. Claro, não se pode dizer que são instituições perfeitas, mas por tudo o que representam, devem ser valorizadas, dado o reconhecimento que esses rankings de avaliação já prestam às universidades públicas.

São instituições de grande importância para a sociedade, e que precisam ter a garantia de orçamentos para seguir no desenvolvimento de seus projetos e contribuir na formação de mais jovens para o nosso país. Uma fórmula simples, mas que não pode ser negada. Nossas universidades cumprem o seu papel mais uma vez e, por isso mesmo, são patrimônio da nação.

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[Soraya Smaili é professora da Unifesp e coordenadora do SOU_CIÊNCIA]